terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

The Covenant

Fallen Angel II
- Eu quero armas que você vai forjar - eu disse.
- Quais? - Old Nick perguntou.
Eu nada respondi, a Úrsula havia saído da casa e eu não conseguia mais localizá-la.
- Que armas, Ashe? Eu estou falando com você!
Olhei para ele e respondi:
- Quero dois "Colt Walker" Que não precisem ser recarregados, que a munição seja infinita. Eles devem ser forjados no enxofre e nas lágrimas dos injustiçados.
- Você é mesmo do mal Ashe! - Old Nick elogiou. - Causa-me arrepios... de prazer, "Pacificador".
- Faça logo essas armas. Eu tenho muitas almas para te enviar e eu não quero me atrasar - afirmei.
Old Nick não disse nada, apenas chacoalhou a cabeça, deu uma gargalhada e desapareceu.
Eu fui atrás da Úrsula. Escutava ao longe as sirenes dos carros de polícia. O meu tempo era curto.
Quando eu a vi, a menina-flor caminhava descalça, sem rumo, sob o sol inclemente da Grécia.
- Úrsula! - Chamei-a em voz alta.
Ela parou de caminhar, mas permaneceu com os olhos voltados para o chão.
- Por que você fez aquilo comigo? - eu perguntei.
- Ashe, eu...
- Olhe para mim!
- Não sou digna de olhar para ti - ela respondeu.
- Não diga isso Úrsula.
- Olharei a tua sombra, por isso mantenho os meus olhos voltados para o chão.
- Pois eu quero estar onder a minha sombra estiver, se é lá que os teus olhos estarão - eu disse.
- Ah, Ashe! Por que você fala assim?
Lentamente, ela levantou os olhos e eu vi que ela estava chorando. O meu anjo. A minha menina-flor.
- Úrsula, os teus olhos são tão bonitos. Por causa deles eu te reconheci no hotel em Londres. Olhos da cor do mar Egeu. Profundos. Quero olhar para eles. Não sei dizer o que é mais azul, o mar Egeu, o céu da Grécia ou os olhos teus.
- Agora eu sei por que eu voltei. Eu voltei porque eu te amo! Ser um anjo deixou de ter sentido. Eu quero ficar contigo. Mas se eu não tiver o teu perdão, eu vou embora - ela disse.
- De maneira alguma! Eu não vou deixá-la partir! Então apareces do nada, bagunça os meus sentimentos e depois acha que vai simplesmente partir? Assim, sem calçados, com o mesmo vestido azul, sem mais nada? Será que a nossa história vai se repetir? Eu ainda possuo uma parte humana e ela diz para mim que eu não posso deixá-la partir.
- Ainda tenho uma chance contigo? - Ela perguntou.
- Não - eu falei.
- É a Dominiquea, não é?
- É.

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