sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dominiquea e Alexia - arrependimento

E depois não consegui falar mais nada, estava cansado.  Olhei para as três agradeci com um gestou e fui deitar-me novamente.   A Úrsula veio atrás de mim e disse:
- Ashe, perdoe as meninas.  Elas não tiveram culpa.
Eu respondi:
- Já havia perdoado a ambas desde o momento em que cortei o meu pescoço e dei o meu sangue para elas beberem.  A decisão foi minha.  Não conseguiria viver sem elas.  E sem você.
- Diga isso para elas.  Elas pretendem ir embora de Big Sur.
- Elas não vão - eu disse. - Pode ficar tranquila.
Levantei-me novamente, coloquei um jeans e fui falar com as duas irmãs.
Sentei-me ao lado delas na escada da cabana.  Elas não conseguiam olhar para mim.  Eu disse:
- Há muito tempo, um homem criou um obra muito bonita.  E muito triste.  Ela falava de uma criatura que vivia presa dentro de uma gaiola.  A frase que mais marca o meu coração é essa: "...quando as crianças perguntavam: 'o que desejas, Sibila?'; ela respondia: 'Desejo morrer'.".  Dominiquea, meu amor, Alexia, meu amor.  Vocês não podem partir, pois amo vocês duas e sem vocês não posso viver.  Sem vocês duas eu enlouqueceria.  O único desejo que eu possuiria era aquele mesmo que dominava a alma da Sibila: o de morrer.
- Ashe - era Alexia quem falava - eu queria ir embora, mas não posso, não consigo.  Eu também não conseguiria viver longe de você meu amor.
- Como a tua Lioness poderia viver longe de ti?  Eu definharia até a minha extinção - disse a Dominiquea com os olhos marejados.
Nós rês nos abraçamos e nos beijamos.
Na porta da cabana a Úrsula via tudo isso emocionada.  

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