sexta-feira, 6 de maio de 2011

Londres II

Quando a escuridão se aproxima
(exertos)

Na manhã do outro dia, após o café, eu comecei uma busca pela Dominiquea.  O primeiro lugar que eu visitei foi o British Museum, Great Russel Street, nada encontrei. O segundo lugar que eu visitei foi Saint Paul's Cathedral.  Quando subia as suas escadas, uma menina ruiva me parou e disse:
- Por que os maus são mais poderosos?
- E quem disse que eles são mais poderosos, menina? - perguntei.
- Os demônios são poderosos - ela respondeu.
- Não são - respondi.
- Por que eles querem aquela mulher dentro da catedral?
- Por que eles não sabem que eu cheguei - respondi.
- Você é um anjo?
- Não menina, não sou. - disse. - Agora volte para sua casa que eu vou salvar a mulher.
Entrei na catedral.  Lá estava a Dominiquea.  Estava com um grupo de seguranças vestidos elegantemente, mas sempre seguranças. 
Ela estava apartada do resto dos fiéis e dos turistas e eu achei isso tudo muito estranho.
A situação ficou mais estranha ainda quando eles conversavam entre si e eu não conseguia entender nada do que era dito!
Eu identificava apenas sobrenomes, mas o resto se perdia na minha ignorância: Kohn, Kuhn Kahn, Katz e Cohan.  Quando fiz negócios com israelenses estudei um pouco e sei que esses nomes são de origem judaica.  Mas nem todos que possuem esses sobrenomes são de origem judaica.  Com quem eu iria tratar?  Combater quem?
Aquele que os outros chamavam de Katz parecia ser o chefe, segurou o braço da Dominiquea de uma forma agrassiva e disse algo nessa língua incompreensível.  Ela olhava para ele e parecia não dar ouvidos ao que ele dizia. 
Finalmente, ele deu-se por vencido e disse num inglês com sotaque:
- Senhora Cohen, é preciso ir agora.  O seu marido não vai gostar da demora.
Dominiquea nada respondeu, levantou-se do banco da catedral e acompanhou-os para fora do lugar.
Eu os segui de longe.  Quando ele entraram em três carros, dois escoltando o do meio, onde a Dominiquea estava. 
Eles saíram de Londres e eu os segui por cerca de 70 km, até que eles entraram numa típica mansão rural inglesa.   A placa da estrada informava que nós estávamos em Hampton Court, uma área aristocrática. 
A mansão era cercada por imensos jardins, uma construção majestosa, linda.  Voltei prara Londres.
No hotel, eu pensei, como estou pobre de armas!
Venci a resistência e recorri à Organização, que se localizava no bairro de Chelsea e apresentei-me com o meu nome fictício (que assumi pós ter morrido).
Depois de tudo checado e conferido milhares de vezes, fui apresentado ao chefe da administração.
Fiz a lista do que queria: carro com chapa fria e armamentos para começar uma pequena guerra. Me ele perguntou sobre o alvo e disse que não era público, mas particular.
Com eu era um dos membros mais honrados da Organização ele acreditou.
O ponto de encontro seria a Tafalgar Square.
Voltei para o hotel.
No horário marcado ele estava lá.  O carro estava estacionado.  Um sujeito parado proximo dele, bem vestido indicava o acordo.
Peguei as chaves, abri o porta-malas e estava tudo lá. em sacos de lona.  O sujeito me entregou uma carta que dizia que tudo foi cumprido, que ele (o gerente da administração) dizia que estava tudo certo.  O único problema era que ele teria que avisar a Organização de toda a operação.   Foda-se. Naquele momento eu queria salvar a Dominiquea.  
Um fuzil Weartherby Mark V Lazermark, .460 Wby. Mag, um Bushmaster XM15 E2S Target .223 Rem. estavam numa das embalagens, na outra um KBI Gragunov SVD, .7,62 X 54R e um fuzil Colt, .223 Rem..  Isso iria confundir todas as autoridades.  Além disso, havia munição para eliminar um pequeno exército.
Olhei tudo aquilo e pensei: e agora?